Nem acabamos de absorver as informações dos Fashion's Shows de Outono, que aconteceram no início deste ano, e as atenções já se voltaram para a temporada de desfiles de Resort 2020, iniciada no final de abril.

Afinal, o que são as coleções Resort?

Resort, Cruise ou Pre-Spring são apenas nomes diferentes dados para as coleções apresentadas entre o Outono/Inverno e a Primavera/Verão. Normalmente pensadas como de meia-estação, contemplam peças-chave tanto do guarda-roupas do verão, quanto dos dias mais frios, visando atender aos mais diversos mercados consumidores, independentemente do clima. As roupas são mais usáveis do que as apresentadas nas convencionais semanas de moda.

Apesar de nem todas as marcas apresentarem este tipo de coleção, as que o fazem sabem como transformá-los em verdadeiros acontecimentos.

Os desfiles são, em sua grande maioria, grandiosos, realizados em locações ao redor do mundo. Por esse motivo, cuida-se de uma poderosa estratégia comercial feitas pelas marcas, contando com grande mobilização nas mídias sociais e atraindo atenção do público.

1) DIOR

Para sua coleção cruise, Dior levou suas convidadas ao Marrocos. As referências à África não se restringiram somente à locação, sendo traduzidas, ainda, nas roupas desfiladas. As peças continham referências importantes à cultura africana, tendo a maison, para tanto, colaborado com diversos artistas locais.

As famosas wax prints, estampas em tecidos cera, feitas em parceria com a Uniwax, empresa africana responsável pela fabricação da trama em todo o continente, foram o grande destaque. Na cartela de cores do desfile tons terrosos, como o bege e o ocre, verde, azul marinho e preto.

2) PRADA

O segundo desfile ficou por conta da Prada, em New York. Na passarela, a marca trouxe o minimalismo - 90s feelings. A simplicidade apresentada de forma alguma se traduz em chatice aqui. Alfaiataria, terninhos em chita, mix de listras, vestidos em comprimento midi e tons pasteis foram algumas das escolhas.

3) CHANEL

A Chanel é umas das marcas mais interessantes no tocante aos cenários escolhidos para suas apresentações. Como não se lembrar daquela vez em que eles colocaram um foguete na passarela? Dessa vez o Grand Palais - importante construção francesa comumente escolhida pela grife como locação - foi transformado em uma plataforma de trem. 

A inspiração para o desfile foi a própria Coco Chanel, na década de 1930. Por essa razão, não faltou tailleur (conjuntinho de casaco e saia) e vestidos em chiffon. O tweed, como não podia ser diferente, foi o grande destaque, usado em jaquetas usadas sobre leggings e calças amplas cropped. Tons pasteis estavam, também, fortemente presentes na coleção.

Depois da estação de trem, foi a vez da Louis Vuitton se apresentar em um terminal desativado do Aeroporto JFK, em NY.

A coleção trazia aquela vibe bem anos 80, não faltando alfaiataria, jaquetas de ombros estruturados e cintura bem marcada. O contraste de texturas entre o couro e o cetim deixava as peças com aquele ar rocker e glam ao mesmo tempo. As cores predominantes do desfile eram azul e preto, porém, um pouco de color blocking, também, pode ser visto por lá. O destaque ficou por conta da jaqueta com o desenho do skyline de New York, linha dos arranha-céus da cidade no horizonte.

E aí, gostaram? Qual o seu look favorito?