O meu básico é o seu básico?
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| Foto: Reprodução/Pinterest |
Para se ter uma ideia do quanto essa construção é ainda forte, pesquise no Google algo como ''peças essenciais guarda-roupa feminino''e veja a quantidade de matérias e vídeos sobre o assunto.
Então, a questão a ser levantada por aqui é: o meu básico é o seu básico? Ou seja, os itens de moda considerados essenciais são sempre iguais para todo mundo? A minha opinião é que NÃO, e tampouco deveriam ser!
Muito da concepção do que seria necessário para se vestir 'bem' advém do dresscode de trabalho tradicional. Por esse motivo a camisa social branca, as calças de alfaiataria, o blazer e scarpin pretos aparecem, quase em unanimidade, nas tais listas. Afinal, a ideia ali não é demonstrar sua personalidade por meio das roupas, e sim ser produtivo.
Entenda que o objeto da conversa não é a imposição de uso de uniformes no ambiente de trabalho, exigência de muitas empresas, do qual não tem como fugir. A discussão se restringe à invenção de fórmulas fashion genéricas, sem conteúdo ou embasamento.
Logo vamos perdendo nossa essência e individualidade, acreditando que existe um certo e que precisamos nos encaixar neste padrão, mesmo não nos sentindo parte dele. Parece besteira, mas uma pessoa que ama usar cores e estampas pode sim ter seu humor e auto-estima abalados ao se ver apenas em tons sóbrios, como preto, branco e cinza.
E o famigerado guarda-roupa cápsula, tão falado ultimamente, onde se encaixa? Bom, a construção do armário cápsula é diferente disso, e daria uma matéria inteira sobre o assunto. A busca é pelo minimalismo, ou seja, menos coisas entulhadas para garantir máximo aproveitamento daquilo que já se tem. Não há certo e errado, nem a ideia de que você DEVE ter tal peça, e sim coisas que se encaixam ou não em sua rotina.
Vivemos, atualmente, em um período de desconstruções, no qual ninguém aguenta mais padrões impostos durante tantos anos, e a busca pela autenticidade ao se vestir é uma crescente. Gostando ou não, nossa imagem é nosso 'cartão de visitas'.
Precisamos entender que cada um tem seu estilo e as necessidades são relativas. Chega de imposições ou regras banais que em nada acrescentam!

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