Quem tem costume de acompanhar os desfiles internacionais, provavelmente viu que, no mês passado, as principais marcas de moda do mundo apresentaram suas coleções para o próximo outono, que só se inicia em setembro no hemisfério norte, servindo de termômetro do que se espera estar em alta daqui seis meses.

Se na temporada passada Miu Miu, Blumarine e Versace ensaiaram a volta da cintura baixa, por exemplo, nessa a polêmica foi coroada. Por outro lado, talvez influenciado pelo dopamine dressing, o preto perdeu seu reinado, algo inesperado para a época do ano, que teve a abundância de cores e estampas como uma novidade.

Em suma, a impressão era de que os designers se concentraram mais em aprimorar algumas das ideias exploradas por eles em 2021 e que ganharam o apelo do público nas redes sociais, o que não é necessariamente ruim, sobretudo quando a pauta se volta para questões de sustentabilidade. 

Por aqui, o outono começou no dia 20 de março, trazendo chuva e friozinho em algumas regiões, embora o calor ainda não tenha se despedido totalmente. Porém, caso você (assim como eu) já esteja pensando no guarda-roupa da nova estação, e não perde a chance de se adiantar quando o assunto é tendências, provavelmente vai querer saber quais apareceram nas semanas de moda. Então, para não desperdiçar tempo, escolhemos 5 que dão para você adotar imediatamente. É só continuar rolando a página para descobrir.

Ainda que os tons escuros sempre sejam esperados quando pensamos em coleções de outono, não tem como negar que as cores tiveram grande destaque nesta temporada, em especial o rosa e o vermelho, responsáveis por esquentar a paleta invernal.

A Valentino apresentou uma coleção dedicada ao rosa, denominada de ‘Valentino Pink PP Collection’, de encher os olhos, como faz sempre o designer italiano Pierpaolo Piccioli, com o detalhe da passarela ser no mesmo tom de suas criações.

Além disso, como as duas cores foram as protagonistas, é claro que um color blocking envolvendo ambas era esperado, mix vibrante e elegante, para deixar até os mais minimalistas com vontade de experimentar.

Se depender dos desfiles internacionais, nem será preciso gastar dinheiro com um item novo, já que a tradicional regata branca, uma das peças mais básicas e possíveis de se ter no armário, ganhou versões luxuosas.

Já falamos em outras ocasiões sobre a moda pós-pandemia ter abraçado uma atitude mais sexy, um movimento, aparentemente, não passageiro, pois, pelo menos neste ano, decotes inusitados e transparência vão continuar sendo vistos por aí.

 Onde: Nensi Dojaka, Miu Miu, Valentino, Lanvin, Erdem, Coperni, dentre outros. 

Seguindo os mesmos princípios da transparência, os brilhos enriqueceram os desfiles de várias marcas, seja em um aceno à estética Y2K, que continuará presente, embora com menos força, ou em looks mais sofisticados e festivos. Logo, não faltarão motivos para usar aquela peça de paetê que tanto amamos.

Pensar em couro como uma tendência para o inverno não é nada groundbreaking (como provavelmente diria Miranda Priestly). No entanto, enquanto em outros anos ele era mais explorado por marcas onde a manipulação do material faz parte da tradição, como a Hermès, por exemplo, agora basicamente todas as coleções continham looks em couro.

Embora eu goste de me intitular uma pessoa racional, e fazer minhas amigas acreditarem nisso, é impossível dizer que durante 100% do meu tempo eu aja como tal. São nessas horas que eles aparecem: os pensamentos completamente irracionais, que eu juro que fazem muito sentido, até eu dizê-los, em voz alta, para alguém e essa pessoa rir de mim. É por causa deles que eu tenho acreditado, piamente, que perdi minha capacidade de escrever.

Enquanto uns são bons em tocar um instrumento ou em desenhar, eu sei produzir textos. Ainda criança, fui levada a crer que escrevia bem, ganhei vários (alguns, para ser honesta) concursos de redação, além de ter um poema publicado no jornal da minha escola, que devia ser lido por umas dez pessoas, no máximo, caso você esteja se perguntando o tamanho do meu talento. Por isso, sendo uma pessoa totalmente comum em vários aspectos, eu sabia que poderia contar com duas ferramentas para mostrar ao mundo a que vim: a moda e a escrita.

Foi assim que, na hora de ir para a faculdade, negligenciei completamente a área de exatas, que com certeza poderiam me levar a ter um ótimo emprego no setor de tecnologia, e apostei todas as minhas fichas nas ciências humanas, na esperança de que, com o poder da minha escrita, eu me destacaria em algo, o que não aconteceu, devo adiantar. Desde então, eu tenho contado com elas, as palavras, para me ajudarem a chegar onde eu quero, o topo do poço.

Ultimamente, tenho enfrentado um grande bloqueio, daqueles capazes de me fazer refletir sobre minhas escolhas de vida, pois nem meu nome em uma folha de papel eu consigo colocar, sem logo pensar que está tudo horrível e desistir da tarefa.

Claro que estar passando por momentos muito estressantes poderia ser levado em consideração para explicar esta minha repentina incapacidade de elaborar frases que façam um mínimo sentido, mas estou certa de que eu não sei mais escrever. Em algum momento, meu cérebro resolveu perder sua criatividade e não quer mais redigir nada que preste.

Agora eu não consigo parar de me questionar se devo começar a estudar para o Enem e entrar para o curso de engenharia, ou se devo abraçar a mediocridade e admitir que o meu poema da quinta série talvez seja, de fato, a melhor obra que eu poderia produzir na vida.

Quem pensou que o xadrez não estaria mais em alta em 2022, depois de todo sucesso que a estampa fez no ano passado, estava enganado. Ele não apenas vai continuar presente no guarda-roupa por mais um tempo, como também ganha espaço na beleza.

Para se ter uma noção, segundo dados do Pinterest, a busca pelo termo ‘estampa xadrez’ aumentou em 160% dentro da plataforma. No campo da beleza, são as unhas que abraçam a padronagem quadriculada, com um aumento de 165% nas pesquisas, ou seja, é muito provável que você já tenha sido afetado por essa trend e não veja a hora de experimentá-la.

Lembrando que, em abril de 2021, dedicamos um post inteiro à estampa nas roupas, que você precisa conferir, caso ainda não o tenha feito. Hoje, para você se apaixonar de vez por essa tendência, vamos trazer referências legais de unhas xadrez para copiar já. É só continuar rolando a página e não perder as inspirações.

Embora todo mundo acreditasse que em 2022 teríamos Carnaval, a vida provou que não está sendo fácil para ninguém e a realidade não foi bem essa. Portanto, não será dessa vez - de novo - que iremos festejar nos bloquinhos e festas mais tradicionais de rua, graças à variante Ômicron, mesmo que alguns eventos particulares ou em cidades menores ainda irão acontecer.

Agora, se você é do time que vai participar de alguma festa, ou dos que vão ficar em casa, eu não sei, mas, como o Carnaval é a melhor desculpa que encontramos para sair com glitter pelo corpo todo, se depender da gente, inspirações de make para a data não vão faltar.

Selecionamos algumas ideias de maquiagens para você que não quer deixar a folia passar em branco, ou quem vai salvar as referências para o próximo ano, já que tentamos permanecer otimistas. E como neste domingo também teremos o episódio final da segunda temporada de Euphoria, é claro que não poderíamos deixar de unir o útil ao agradável e reunir cristais e cores para você se divertir.

Sendo uma pessoa com idade suficiente para lembrar das reais tendências dos anos 2000, eu adoro falar sobre o assunto. Se você é usuário de redes sociais, provavelmente sabe o quanto o Y2K bombou ano passado, estética da vez abraçada pela Geração Z dentro dessas plataformas, que furou a bolha do mundo digital para repercutir em todo canto.

A parte boa desse retorno: o saudosismo provocado em quem viveu o período. A consequência é que, de repente, tornou-se normal minimizar as barbaridades que usamos durante a infância/adolescência. Porém, não nos deixaremos enganar por esse lobo em pele de cordeiro chamado anos 2000, já que é impossível não sentir vergonha ao lembrar de alguma escolha fashion que você possa ter feito na época.

Se me permitirem traçar um paralelo do que foi a moda do começo do novo milênio, eu a descreveria como os anos 80 do século XXI, escolhendo romper os laços com o minimalismo da década antecessora, os anos 90, e abraçar o exagero. Caso queira ter uma ideia do que estou falando, se ainda não o fez, basta pesquisar imagens daquele momento e se deparar com a enxurrada de roupas pink, monogramas, jeans, além de sobreposições e proporções estranhas.

Embora todo dia uma “nova” estética apareça no TikTok - inclusive, há boatos de que o próximo a ser resgatado será 2010, algo inadmissível a meu ver - reviver as tendências da época ainda não terá seu fim, e a nova temporada de Euphoria, por exemplo, nos confirma isso. Logo, continuamos correndo o risco de mais algumas roupas, que gostaríamos de deixar bem aconchegadas no passado, voltarem aos holofotes novamente.

Por aqui, então, eu listo 3 tendências dos anos 2000 que eu gostaria que ficassem esquecidas no churrasco, mas voltaram. Bom esclarecer que as escolhas baseiam-se em gosto pessoal, portanto não se sinta ofendido, tampouco pressionado a não gostar, ou a não querer experimentar algum dos itens integrantes desta lista. Continuar rolando a página para descobrir. 

Nunca entenderei o porquê de ressuscitarem uma coisa que, comprovadamente, deforma o corpo, algo que os GenZs parecem não se importar. A volta da cintura baixa é tão iminente que, na última semana de moda, marcas como Miu Miu, Versace, Blumarine, dentre outras, elegeram a modelagem como destaque em seus desfiles de verão de 2022. Tento me manter confiante de que mais alguém com bom senso, vai perceber este erro, antes que seja tarde demais.

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Os boleros são, para mim, uma das peças mais nonsense possíveis. Primeiro, não entra na minha cabeça eles fazerem parte do guarda-roupa de outono/inverno e, literalmente, cobrirem apenas o braço, ou seja, toda a parte superior do corpo continua com frio. Eu tive tantos destes casaquinhos, quando adolescente, a ponto de não querer mais saber deles, mesmo ciente de que eles se tornaram uma micro tendência dentro do Instagram.

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Diferente dos biker shorts, um exemplo de peça esportiva que eu até consigo achar legal, dependendo do look, às calças e leggings capri, ou corsário, caracterizadas pelo comprimento um pouco abaixo do joelho, eu digo não. Assim como os boleros, eu usei mais do que poderia suportar, pois, como se não fosse o bastante, elas faziam parte do meu uniforme escolar.