A Milan Fashion Week sequer havia começado, quando as polêmicas em torno do evento já estavam rolando, com uma manchete do jornal francês Le Figaro chamando-a de fiasco. 

De fato, os desfiles das adoradas Gucci e Bottega Veneta, que haviam anunciado sua saída do calendário, fizeram falta. Por outro lado, o aguardado debut de Raf Simons como diretor co-criativo da Prada, bem como Valentino desfilando na capital da moda italiana, serviram para que a previsão da manchete não se concretizasse.

- Veja também: LFW: confira os destaques da Semana de Moda de Londres

+ NYFW: Marcas apostam nas estampas para a temporada de verão/2021

Para você ficar por dentro de um pouco do que aconteceu por lá, abaixo selecionamos três desfiles que valem a pena conferir.

Desde que foi anunciado, em fevereiro deste ano, que Raf Simons seria diretor co-criativo da marca junto a Miucca Prada, a curiosidade do mundo fashion sobre os possíveis resultados desta parceria foi instigada. Nessa temporada, em meio a um período sui generis, Simons teve seu debut no cargo. 

De forma geral, a coleção apresentada expirava ares esportivos, com conjuntos de calças e camisetas/túnicas, além de capas usadas como casacos. O logo da casa, por sua vez, ganhou mais destaque nas roupas, aparecendo na parte frontal das blusas e nos sapatos, por exemplo.

Atualmente, a Prada é uma das marcas mais relevantes dentro do universo das redes sociais, e ficou claro que continuar fazendo da marca ainda mais significativa é o grande desejo de ambos designers. 

Após anos tendo Paris como a casa de seus desfiles, Valentino retornou às origens italianas, uma forma de apoiar o setor de moda do país, tão fragilizado pela pandemia de Covid-19. E foi justamente sentimentos de esperança, leveza e diversão que a maison levou para Milão.

Para o próximo verão, Pierpaolo Piccioli desenvolveu uma coleção romântica, fazendo releituras de clássicos da marca e abusando do crochê, de bordados, rendas e estampas vibrantes de maneira sofisticada. Até mesmo o jeans, elaborado em colaboração com a Levi's, teve seu momento de brilhar no desfile.

Definitivamente uma coleção que soube evocar sentimentos de alegria em meio a tempos de crise. Impossível escolher apenas um look favorito!

 

A Renascença e seus pintores serviram de inspiração para o verão de Max Mara, por esse motivo, apresentá-la em uma importante galeria e escola de arte de Milão, a Pinacoteca di Brera, foi a escolha. 

O período do renascimento cultural europeu foi abordado pelo designer de forma moderna, misturando sutilmente elementos que remetiam à época, como foi o caso das golas e mangas mais volumosas nos punhos, por exemplo, em peças contemporâneas.