Radar FW: os destaques da Paris Fashion Week (Parte I)
Chegou a vez de falarmos sobre a Paris Fashion Week, último destino do calendário de desfiles dessa temporada. Confira abaixo a primeira parte do nosso resumo com alguns dos melhores desfiles da cidade luz.
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CHRISTIAN DIOR
No dia da condenação do produtor americano Harvey Weinstein pelos crimes de agressão sexual e estupro, nome responsável pela eclosão dos movimentos #metoo e Times Up na indústria cinematográfica, em 2018, Maria Grazia Chiuri apresentou sua coleção de maneira poderosa, recheando-a de mensagens e endossos ao movimento feminista, algo que a designer tem feito desde sua entrada na Dior, mas que se tornou especialmente simbólico neste momento.
As criações evocavam a história da Dior, precisamente na era de Marc Bohan, que comandou a maison de 1961 a 1989, criando o conceito do Slim Look e uma feminilidade livre. A adolescência de Chiuri, na Itália dos anos 70, serviu também de inspiração, traduzida em meias arrastão, macacões, estampas como o xadrez, além da bandana amarrada de forma característica da década.
SAINT LAURENT
Yves Saint Laurent sempre fez questão de transmitir sensualidade por meio de seus designers, assim, não havia melhor maneira de relembrar os princípios do fundador da grife do que trazendo a ideia de fetiche à passarela.
O vinil, por óbvio, foi a grande estrela do show, aparecendo em leggings, saias e vestidos. Em contraposição, os looks eram complementados com blazers marcantes, imersos na atmosfera dos anos 80, reafirmando a qualidade da alfaiataria produzida pela marca. O encontro perfeito entra a moda bourgeois e o BDSM.
Desde que assumiu o comando criativo da Saint Laurent, Anthony Vacarello tem seguido firme com o uso de uma paleta de cores neutras, onde o preto é predominante. O padrão foi quebrado para esse inverno, proporcionando uma agradável surpresa ao ver as criações sob uma perspectiva colorida.
CHLOÉ
Depois de várias temporadas abraçando os anos 90 em suas coleções, a Chloé resolveu flertar com a moda dos anos 70 nessa temporada, década na qual a marca fez um sucesso enorme. A coleção trazia tudo que caracteriza a marca: alfaiataria, vestidos românticos e fluidos, além de joias para complementar cada look de forma especial.
A ideia primordial da diretora criativa Natacha Ramsay-Lévi era explorar os ''múltiplos universos femininos''. Em uma ode às mulheres a artista Rita Ackermman foi chamada a colaborar, tornando algumas de suas obras em estampas para as peças e acessórios, parceria linda que se conectou muito bem no espírito da maison.
ISABEL MARANT
Para seu inverno, Isabel Marant deixou a garota Coachella e toda a essência boho que lhe é inerente de lado para apresentar uma coleção madura, minimalista e muito chique. Os designers ganharam novos contornos a là anos 80 com ombros poderosos. A silhueta sempre muito feminina foi mantida aqui, com a cintura marcada mesmo naqueles looks mais oversized.
BALMAIN
Para essa temporada, Olivier Rousteing mergulhou na herança da Balmain, especificadamente na histórica coleção Jolie Madame, apresentada pelo fundador da marca na década de 50, apresentando sua visão moderna, sexy e altamente instagramável para a clássica silhueta.
Abraçando e celebrando os exageros dos anos 80, não faltaram alfaiatarias impecáveis, ombreiras e lapelas em cores contrastantes que poderiam facilmente ter saído direto do guarda-roupas de Lady Diana, ícone de estilo ainda tão relevante e contemporâneo para todos.
CELINE
Desde a entrada de Heide Slimane ao comando da Celine, a marca, de essência bem minimalista, ganhou contornos setentistas, se rendendo ao estilo borgeouis, estética que o acompanha desde as épocas de Saint Laurent do designer e permanece influenciando suas criações. A novidade para essa temporada foi deixar a diferenciação entre os sexos de lado, apresentando uma coleção unissex, invocando o glamour e atitude dignas de um rock star.
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CHRISTIAN DIOR
No dia da condenação do produtor americano Harvey Weinstein pelos crimes de agressão sexual e estupro, nome responsável pela eclosão dos movimentos #metoo e Times Up na indústria cinematográfica, em 2018, Maria Grazia Chiuri apresentou sua coleção de maneira poderosa, recheando-a de mensagens e endossos ao movimento feminista, algo que a designer tem feito desde sua entrada na Dior, mas que se tornou especialmente simbólico neste momento.
As criações evocavam a história da Dior, precisamente na era de Marc Bohan, que comandou a maison de 1961 a 1989, criando o conceito do Slim Look e uma feminilidade livre. A adolescência de Chiuri, na Itália dos anos 70, serviu também de inspiração, traduzida em meias arrastão, macacões, estampas como o xadrez, além da bandana amarrada de forma característica da década.
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| Desfile Christian Dior AW2020 Ready-To-Wear. Fotos: Reprodução/Vogue Runaway |
Yves Saint Laurent sempre fez questão de transmitir sensualidade por meio de seus designers, assim, não havia melhor maneira de relembrar os princípios do fundador da grife do que trazendo a ideia de fetiche à passarela.
O vinil, por óbvio, foi a grande estrela do show, aparecendo em leggings, saias e vestidos. Em contraposição, os looks eram complementados com blazers marcantes, imersos na atmosfera dos anos 80, reafirmando a qualidade da alfaiataria produzida pela marca. O encontro perfeito entra a moda bourgeois e o BDSM.
Desde que assumiu o comando criativo da Saint Laurent, Anthony Vacarello tem seguido firme com o uso de uma paleta de cores neutras, onde o preto é predominante. O padrão foi quebrado para esse inverno, proporcionando uma agradável surpresa ao ver as criações sob uma perspectiva colorida.
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| Desfile Saint Laurent AW2020 Ready-to-Wear. Fotos: Reprodução/Vogue Runaway |
CHLOÉ
Depois de várias temporadas abraçando os anos 90 em suas coleções, a Chloé resolveu flertar com a moda dos anos 70 nessa temporada, década na qual a marca fez um sucesso enorme. A coleção trazia tudo que caracteriza a marca: alfaiataria, vestidos românticos e fluidos, além de joias para complementar cada look de forma especial.
A ideia primordial da diretora criativa Natacha Ramsay-Lévi era explorar os ''múltiplos universos femininos''. Em uma ode às mulheres a artista Rita Ackermman foi chamada a colaborar, tornando algumas de suas obras em estampas para as peças e acessórios, parceria linda que se conectou muito bem no espírito da maison.
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| Desfile Chloé AW 2020 Ready-To-Wear. Fotos: Reprodução/Vogue Runaway |
ISABEL MARANT
Para seu inverno, Isabel Marant deixou a garota Coachella e toda a essência boho que lhe é inerente de lado para apresentar uma coleção madura, minimalista e muito chique. Os designers ganharam novos contornos a là anos 80 com ombros poderosos. A silhueta sempre muito feminina foi mantida aqui, com a cintura marcada mesmo naqueles looks mais oversized.
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| Desfile Isabel Marant AW2020 Ready-To-Wear. Fotos: Reprodução/Vogue Runaway |
Para essa temporada, Olivier Rousteing mergulhou na herança da Balmain, especificadamente na histórica coleção Jolie Madame, apresentada pelo fundador da marca na década de 50, apresentando sua visão moderna, sexy e altamente instagramável para a clássica silhueta.
Abraçando e celebrando os exageros dos anos 80, não faltaram alfaiatarias impecáveis, ombreiras e lapelas em cores contrastantes que poderiam facilmente ter saído direto do guarda-roupas de Lady Diana, ícone de estilo ainda tão relevante e contemporâneo para todos.
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| Desfile Balmain AW2020 Ready-To-Wear. Fotos: Reprodução/Vogue Runaway |
CELINE
Desde a entrada de Heide Slimane ao comando da Celine, a marca, de essência bem minimalista, ganhou contornos setentistas, se rendendo ao estilo borgeouis, estética que o acompanha desde as épocas de Saint Laurent do designer e permanece influenciando suas criações. A novidade para essa temporada foi deixar a diferenciação entre os sexos de lado, apresentando uma coleção unissex, invocando o glamour e atitude dignas de um rock star.
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| Desfile Celine AW2020 Ready-To-Weat. Fotos: Reprodução/Vogue Runaway |






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