Opinião: A festa de Gabriela Pugliesi e a estrátegia furada do marketing de influência
Até pouco tempo atrás, ter milhões de followers nas redes sociais era sinônimo de sucesso. Porém, cada vez mais observamos como aqueles números ali não necessariamente significam relevância.
Nesse fim de semana, a internet só falava de uma coisa: a festa que Gabriela ~ sem noção ~ Pugliesi, em meio a uma pandemia de uma doença altamente contagiosa, resolveu fazer em sua casa. A repercussão negativa do caso foi tamanha, levando a perdas de seguidores e debandada de alguns patrocinadores das mídias da influencer. Afinal, quem quer ver o nome de sua marca atrelado a alguém que grita 'foda-se a vida' enquanto milhares morrem mundo afora de um mal como o COVID-19?
Pensando no viés do business, esse é mais um caso, dentre tantos vistos ultimamente, para comprovar o quanto o marketing de influência, quando apenas baseado na quantidade de seguidores em redes sociais, tem se mostrado uma péssima ideia.
O marketing de influência é, de maneira resumida, uma estratégia de marketing na qual as ações são voltadas a uma pessoa com a capacidade de influenciar e atrair possíveis compradores para uma marca, papel do famigerado influencer.
Sem dúvida alguma, utilizar pessoas públicas da internet como porta-vozes das marcas foi um grande modificador da publicidade atual. De repente, atrelar-se a alguém com grande visibilidade e confiabilidade no meio digital se tornou mais eficiente - e mais barato na maioria das vezes - do que comprar um espaço comercial no horário nobre.
Por definição, influência é ''ação de um agente físico sobre alguém ou alguma coisa, suscitando-lhe modificações''¹. É imprescindível, portanto, que haja uma transformação no comportamento do receptor da ação, como, por exemplo, levá-lo a comprar um produto que sequer cogitaria antes de ouvir alguém de sua confiança falando sobre.
No entanto, tudo na vida é ônus e bônus, e demorou um pouco para o mercado compreender que, ao se vincular a esses influenciadores, acabavam também se vinculando às atitudes deles, que nem sempre traduziam os ideais e valores pregados pelas empresas.
Então, o quanto apenas o número de seguidores ou curtidas nas mídias sociais representam o real poder de influência?
Cada vez mais temos provas de como esses dados - que já se mostraram fáceis e relativamente baratos de serem alterados - de nada valem se o discurso do influencer é incoerente com a realidade em que vivemos, que talvez mostrar o corpo perfeito, a casa perfeita e a vida perfeita são fatores irrelevantes se os atos são alienados, e como tudo isso, ainda que indiretamente, acaba atingindo a imagem das marcas porventura ligadas a eles.
Ou seja, estratégia furada, desperdiçando tempo, dinheiro e oportunidade. Enfim, do que valem dez milhões no Instagram se quem está por trás do username em nada consegue agregar? Em minha opinião, não muita coisa!
Nesse fim de semana, a internet só falava de uma coisa: a festa que Gabriela ~ sem noção ~ Pugliesi, em meio a uma pandemia de uma doença altamente contagiosa, resolveu fazer em sua casa. A repercussão negativa do caso foi tamanha, levando a perdas de seguidores e debandada de alguns patrocinadores das mídias da influencer. Afinal, quem quer ver o nome de sua marca atrelado a alguém que grita 'foda-se a vida' enquanto milhares morrem mundo afora de um mal como o COVID-19?
Pensando no viés do business, esse é mais um caso, dentre tantos vistos ultimamente, para comprovar o quanto o marketing de influência, quando apenas baseado na quantidade de seguidores em redes sociais, tem se mostrado uma péssima ideia.
O marketing de influência é, de maneira resumida, uma estratégia de marketing na qual as ações são voltadas a uma pessoa com a capacidade de influenciar e atrair possíveis compradores para uma marca, papel do famigerado influencer.
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| Foto: Reprodução/Google |
Por definição, influência é ''ação de um agente físico sobre alguém ou alguma coisa, suscitando-lhe modificações''¹. É imprescindível, portanto, que haja uma transformação no comportamento do receptor da ação, como, por exemplo, levá-lo a comprar um produto que sequer cogitaria antes de ouvir alguém de sua confiança falando sobre.
No entanto, tudo na vida é ônus e bônus, e demorou um pouco para o mercado compreender que, ao se vincular a esses influenciadores, acabavam também se vinculando às atitudes deles, que nem sempre traduziam os ideais e valores pregados pelas empresas.
Então, o quanto apenas o número de seguidores ou curtidas nas mídias sociais representam o real poder de influência?
Cada vez mais temos provas de como esses dados - que já se mostraram fáceis e relativamente baratos de serem alterados - de nada valem se o discurso do influencer é incoerente com a realidade em que vivemos, que talvez mostrar o corpo perfeito, a casa perfeita e a vida perfeita são fatores irrelevantes se os atos são alienados, e como tudo isso, ainda que indiretamente, acaba atingindo a imagem das marcas porventura ligadas a eles.
Ou seja, estratégia furada, desperdiçando tempo, dinheiro e oportunidade. Enfim, do que valem dez milhões no Instagram se quem está por trás do username em nada consegue agregar? Em minha opinião, não muita coisa!

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